quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Carta de despedida







Já nem sei se me apetece falar mais, ou gastar mais teclas, mas há coisas que parece que ficam sempre por dizer... é sinal que não está bem resolvido. O meu maior desejo, neste momento, era ser como aquelas gajas que se apaixonam todos os dias, podia ser que, assim, não estivesse tão mal e a pensar nisto constantemente. 
Quando começámos nem consigo descrever a felicidade que havia em mim, finalmente, havia alguém que gostava de mim e não era eu que gostava mais de ti do que tu de mim ou tu a gostares mais de mim do que eu de ti. Era mutuo. Era nosso. Era verdadeiro. 
E sinceramente, não percebo o que aconteceu, porque deixas-te de ligar? porque deixas-te de me dar atenção? Porque deixas-te de querer passar tempo comigo? O que aconteceu? Pergunto-me pelo mesmo todos os dias e só me dá vontade de chorar cada vez mais. 
Cada dia que passa sinto-me mais cansada e sem vontade de falar mais, ou perder tempo. Gostava que fosses tu a lutar por "nós" e por aquilo que eramos, porque nós eramos felizes. E tu na altura tinhas tudo, os teus amigos, as tuas saidas, a natação e tinhas me a mim, e eu era toda tua. Agora, parece que não tens tempo para nada! 
Tas fechado nesse mundo e o resto não existe, não há mundo real mas, não vai ser assim sempre. Quando te aperceberes disso vais bater no fundo. 
Há coisas importantes na vida e eu aprendi isso com três acontecimentos na minha vida: Tu e a morte da minha tia e avó. Aprendi que nem tudo dura para sempre e a vida é uma dessas coisas, então, deviamos aproveita-la e dar amor a quem amamos porque essas pessoas não vão la estar todos os dias. Há tempo para tudo (estou farta de dizer). 
Eu penso numa data de coisas para te dizer mas quando tou a escrever parece que me escapa, secalhar é porque começo a chorar sem parar. 
Eu pensava que a nossa relação ia evoluir cada vez mais e para melhor. Dou por mim a relembrar tempos passados, lembro.me de quando me ias buscar, de quando iamos para santa catarina os dois e passavamos horas no carro a conversar e aos beijos, lembro-me da primeira vez que vieste cá para casa, a vergonha (apesar de pequena) que sentimos, e que rapidamente passou, lembro.me da bebedeira que apanhamos nos anos do sousa e do cota que faziamos 7 meses e tivemos horas a falar um com o outro sobre tudo, podre de bebedos, mas a ser super sinceros um com o outro e eu beijava-te e tu beijavas-me e era amor, eu Amava-te, eu Amo-te. Lembro.me de quando me apresentas-te aos teus amigos, lembro-me da primeira vez que fizemos amor do sitiio, de como foi. Lembro-me de ter medo de te perder (e tenho tanto apesar de saber que ja aconteceu). Lembro-me do quanto fiquei feliz quando te vi nas festas da praia depois de vires do pico e chorar quando vi o barco ir embora, era medo, talvez. Lembro-me de não te querer largar nunca. Lembro-me da primeira vez que me levas-te a tua casa. Lembro-me do teu sorriso. Lembro-me do teu olhar. Lembro-me da forma como dizias "yea". Lembro-me de dormir junto a ti. Lembro-me de tudo, tal como se fosse ontem. 
O que me faz ficar mais triste em relaçao a isso tudo é pensar que nada vai ser igual, e pior que pensar isso é que tu não tas importado com isso. Neste momento, muito provavelmente, estás a rir-te com coisas parvas e eu tou a chorar. Tou a chorar por um passado que não deve voltar. 
Eu gostava que me viesses buscar, eu gostava de te dar outra oportunidade, mas tu deste provas que não a merecias. Eu gostava que me viesses buscar sem avisar e me levasses a um sitio novo, ou pelo menos não dissesses onde iamos, para ser surpresa, que me levasses a comer um gelado, a ver o por-do-sol ou o amanhecer. Que me levasses a ir tomar banho á noite, que me fizesses um piquenique na areia, que fossemos acampar só os dois, gostava que me pegasses como uma princesa e me levasses para o teu quarto, gostava que algum dia me tivesses feito um jantar surpresa com velinhas, gostava que me tivesses apresentado á tua avó que é sem duvida uma mulher super importante na tua vida. Eu queria ter casado contigo ou pelo menos viver, ter filhos (talvez um dia), ter uma historia contigo para mais tarde poder dizer: "eu fui feliz ele deu.me tudo e eu nunca amei ninguém assim e pergunto.me se há amor igual a este". Nós eramos perfeitos, eramos. 
Isto é a minha carta de despedida e vai com muitas lágrimas e saudade da minha parte, mas é tempo de seguir em frente porque eu não aguento sofrer mais, não aguento tar todo o dia agarrada ao telemóvel a tentar arranjar assunto ou a tentar que te lembres que eu existo. Eu não tenho de te dizer o que tens de fazer para me ter de volta, já o disse muita vez e tu conheces-me tu devias saber o que fazer e devias saber o quanto sofro com isto tudo. Eu vou voltar a ser a eu antes de haver "tu", é a forma melhor de ultrapassar isto. 
Espero que saibas, que no fundo e mesmo que diga que te odeio, e que não te quero ver e que és um burro, é mentira, eu amo-te, eu nunca te vou esquecer ou pelo menos esquecer o que foste para mim e vou sentir muita falta da tua burrice e das tuas criancices e dos teus amuanços. Amo-te, inté 


Tita.



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